“Porque ela potencializa o resultado de vários tratamentos, já que elimina as toxinas, diminui a retenção hídrica e oxigena os tecidos”.
É uma técnica de massagem que estimula o sistema linfático a trabalhar em um ritmo mais acelerado, mobilizando a linfa até os gânglios linfáticos. Por esse processo são eliminados o excesso de líquido e as toxinas. “A drenagem linfática pode ser feita de forma manual, mecânica ou por meio de uma modalidade mais recente, a eletroestimulação”, Ela é aplicada com movimentos de pressão leve, suave, rítmica, lenta e precisa.
É o líquido que está contido nos vasos que compõem o sistema linfático. “Semelhante ao plasma sanguíneo, ela é incolor e viscosa, composta por água, substâncias orgânicas e inorgânicas, resíduos e toxinas resultantes do trabalho do metabolismo”.
A linfa conduz o líquido excedente e as toxinas aos órgãos excretores, provocando uma limpeza interna. Ela também é responsável por levar oxigênio, substâncias nutritivas e hormônios para os tecidos, o que é fundamental para o funcionamento do nosso organismo. “Como a linfa se desloca sempre numa mesma direção, ela depende de forças externas, tais como a gravidade, as manobras de massagem, além das forças internas (como a contração muscular, a pulsação das artérias próximas aos vasos, o movimento das vísceras e os movimentos respiratórios) para funcionar como um relógio. “Com a massagem favorecemos o seu funcionamento”. “Imagine um quintal (o corpo), onde são jogados vários baldes de água (a linfa). Então, você pega o rodo (manobras de drenagem linfática) e puxa toda a água para o ralo (gânglios linfáticos) até secar o quintal, ou seja, desobstruir o local”.
Não. A finalidade da drenagem é coletar os líquidos presos entre as células, colocá-los nos vasos capilares e, por meio de variados movimentos suaves, fazê-los caminhar para que sejam eliminados. Por isso mesmo, a massagem deve ser rítmica, sem muita pressão — já que a linfa corre na superfície da pele e seu fluxo é relativamente lento e precisa ser respeitado. Assim, não há a necessidade de manobras que provoquem dor ou desconforto. “A idéia é que ela seja inclusive relaxante, causando bem-estar”. O que acontece é que os locais com inflamação ou cicatrizes recentes podem estar mais sensíveis.
Não deve deixar, enfatizam todos os especialistas entrevistados. “O surgimento de hematomas indica que o estímulo foi muito agressivo e houve rompimento dos vasos e capilares venosos. Como já foi dito, a drenagem linfática verdadeira é suave”.
A maioria dos especialistas afirma que a drenagem linfática não pode ser chamada de profunda. “Drenagem linfática é um estímulo externo do trabalho natural da linfa. Só existe uma maneira de fazê-lo: com manobras precisas, lentas, leves e superficiais”. “Muita gente confunde drenagem linfática com massagem clássica modeladora, executada com maior pressão das mãos para trabalhar os nódulos celulíticos e porções de gordura localizada e que pode, inclusive, deixar o corpo roxo”, conclui.
“Porque ela potencializa o resultado de vários tratamentos, já que elimina as toxinas, diminui a retenção hídrica e oxigena os tecidos”.
Depende do que se espera do tratamento. Para reduzir a retenção líquida e favorecer a eliminação de toxinas, a drenagem oferece bons resultados. Para quadros de celulite e gordura localizada mais graves, costuma-se associar o uso de ultra-som, ondas eletromagnéticas que facilitam a dissolução de nódulos e gordura.
Qualquer que seja a causa dos furinhos — má alimentação, sedentarismo, cigarro, alterações hormonais, stress —, eles começam com um processo de retenção de líquido que acarreta má oxigenação do tecido. Sem a devida nutrição, ele endurece até formar os nódulos. “A drenagem quebra esse ciclo eliminando a retenção de líquido”.
Quando bem feita, a drenagem diminui a retenção de líquido em áreas do corpo que estão propensas ao acúmulo de gordura, como abdômen, coxas e culote, além de ativar o metabolismo, favorecendo a queima dos estoques de gordura no corpo.
Há controvérsias. Alguns profissionais defen-dem que ela não tem ação sobre a flacidez; outros, que ela melhora um pouco a aparência da pele, já que facilita a oxigenação local e a organização das células e fibras de sustentação. “A drenagem linfática pode contribuir na prevenção da flacidez de pele, pois está produzindo um tecido mais bem nutrido, mas ela não recupera a flacidez já existente, principalmente se houver sobra de pele”. “Para esses casos, existem métodos como a endermologia, intradermoterapia e prescrição de cremes com ativos como o DMAE.”
Existem várias linhas de aplicação para a drenagem linfática. A técnica Leduc, uma das mais utilizadas, abre mão de cremes e recorre apenas aos movimentos suaves. Outros métodos usam cremes para melhorar o deslizamento das mãos.
Recomenda-se um mínimo de dez sessões para um resultado efetivo. “Mas, na primeira sessão, pode-se observar melhora visível no inchaço, na circulação, e no funcionamento do aparelho digestivo”.
Ela é contra-indicada para mulheres com diagnóstico de tumores, abscessos e nódulos não-identificados. “As que têm histórico de problemas circulatórios serão as mais beneficiadas com a ação da drenagem, pois será mais visível a diminuição da retenção de líquidos. Mas ela apresenta bons resultados para todas”.
As duas técnicas são boas e eficientes, mas a drenagem linfática manual é mais indicada em casos de pós-cirurgia plástica (para redução de edemas) e para pacientes com alteração hormonal (por conseguir realizar manobras mais suaves e poder contar com o controle da sensibilidade da terapeuta). “A manual propicia que a profissional observe regiões com nódulos, edemas e trabalhe mais neste local”.
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